terça-feira, 20 de novembro de 2012

Frank Sherman Land



Frank Sherman Land nasceu em 1890 na cidade de Kansas no estado do Missouri – EUA. Desde criança, na Igreja, e junto com os ensinamentos de sua mãe, Frank Land conheceu a importância de uma filosofia de vida repleta de virtudes. Possuía uma vida religiosa muito ativa e na infância já demonstrou seu espírito de liderança.
Quando atingiu 19 anos, havia-se tornado um dirigente de restaurante de sucesso e, como artista amador, ele era o espírito vivo na organização para embelezar a cidade. Land era muito ativo na Maçonaria e com 25 anos de idade foi nomeado Diretor do Bureau de Serviços Sociais do Rito Escocês.
Aos 28 anos recebeu, em sua casa, como pupilo o jovem Louis Gordon Lower. Devido aboa convivência dos dois; a importância que Land assumiu na vida de Lower, que a menos de um ano havia ficado órfão de pai; e a situação dos EUA pós Primeira Guerra Mundial (1914-18), onde haviam muitos órfãos de pai e a juventude estava eufórica e ativa; surgiu, após diálogos, a ideia de criar um clube onde os jovens pudessem se reunir e debater assuntos gerais e ao mesmo tempo tivessem o acompanhamento de adultos. Devido a esse clube em 1919 fundou a Ordem DeMolay.
Foi Presidente do Conselho DeMolay dos Cavaleiros Kadosch e, presidiu, em 1931, o Templo Ararat da "Ancient Arabic Order of the Nobles of the Mystic Shrine".
Com 35 anos foi agraciado com o Grau 33 da Maçonaria. Seis anos depois foi eleito Grão-Mestre da Grande Loja do Missouri. Em 1954 assumiu o cargo de Potentado Imperial do Conselho Imperial do Shrine da América do Norte, nesse mesmo ano foi premiado com a primeira Medalha Internacional de Ouro do Real Arco, pelo Grande Capítulo Geral dos Maçons do Real Arco.
Foi condecorado Cidadão Extraordinário em uma mensagem Oficial pelo então Presidente dos Estados Unidos da América, o General Dwight D. Eisenhower, em 1958. Em 1959 por decorrência de um edema pulmonar veio a falecer no dia 8 de novembro.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Jacques De Molay

Jacques De Molay nasceu em Vitrey, Departamento de Haute Saone, França em 1244. Pouco se sabe de sua vida antes da idade de 21 anos, quando ingressou na Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo (popularmente conhecido como Ordem dos Cavaleiros Templários).

Os Cavaleiros Templários foram uma organização sancionada pela Igreja Católica Romana em 1128 para guardar a estrada entre Jerusalém e Acre, uma importante cidade portuária no Mar Mediterrâneo. Os templários tinham como objetivo defender os peregrinos que iam para a Terra Santa na época das Cruzadas, sacrificando suas próprias vidas para salva-los de saques e emboscadas. Além disso, eles passavam por votos de pobreza, castidade e obediencia, levando uma vida simples e austera.

A Ordem dos Cavaleiros Templários foi se tornando sinonimo de bravura e heroísmo, os nobre e príncipes começaram a enviar seus filhos para se juntar à Ordem. Enquanto enriquecia, através de presentes dos cristãos que defendiam e do sistema bancário que utilizavam, a Ordem perdia seus valores e juramentos iniciais e a aumentava sua influencia política.

Em 1298, Jacques De Molay foi nomeado Grande Mestre dos Cavaleiros Templários, uma posição de poder e prestígio. Como Grão Mestre porém, Jacques De Molay estava em uma posição difícil. As cruzadas não alcançaram seus objetivos. Os Sarracenos derrotaram os Cruzados na batalha e capturaram muitas cidades e lugares vitais. Os cavaleiros templários e os Hospitalários (outra Ordem de Cavaleiros) foram os únicos grupos que restaram para enfrentar os sarracenos.

Os cavaleiros templários decidiram reorganizar e readquirir sua força. Eles viajaram para a ilha de Chipre, esperando pelo público geral para levantar-se em apoio de uma outra Cruzada.

Em vez de apoio público, no entanto, os Cavaleiros atraíram a atenção dos senhores poderosos, que estavam interessadas em obter a sua riqueza e poder. O Papa Clemente V queria a união da Ordem dos Templários com os Hospitalários, para que o controle de ambas ficasse em suas mãos, porém Jacques DeMolay rejeita a proposta.

Em 1305, Felipe o Belo, Rei da França, desejando obter controle sobre os Cavaleiros Templários, evitar um aumento do poder da Igreja, e aumentar sua própria riqueza tenta entrar na Ordem e também é rejeitado.
Squin de Florian, um templário insatisfeito por não conseguir ser grão mestre, prepara falsas provas acusando DeMolay de heresia, aliando-se com Filipe e dando informações dos locais em que os templários estariam para que pudessem ser presos e de onde se encontravam as riquezas da ordem.

Eis que no ano de 1307 inicia a perseguição aos Cavaleiros. Jacques DeMolay, juntamente com centenas de outros, foram presos e jogados em calabouços. Por sete anos, DeMolay e os Cavaleiros sofreram torturas e condições desumanas. Felipe conseguiu forças para fazer o Papa Clemente condenar os Templários. A sua riqueza e os bens foram confiscados e dada a Felipe e seus apoiantes.

Durante anos de tortura, Jacques DeMolay continuou a ser fiel aos seus amigos e Cavaleiros. Ele se recusou a revelar a localização das riquezas da Ordem e a trair seus companheiros. Em 18 de março de 1314, DeMolay foi julgado por um tribunal especial. Como prova, o tribunal dependia de uma confissão forjada, alegadamente assinado por De Molay.

Jacques De Molay desmentiu a confissão forjada. Sob as leis do tempo, a negação de uma confissão era punível com a morte. Outro Cavaleiro, Guy de Auvergne, igualmente desmentiu sua confissão e ficou com Jacques DeMolay. Rei Felipe ordenou que fossem queimados na fogueira naquele dia.

Em 2009, o Vaticano liberou um documento secular, o Pergaminho de Chinon, que prova que o papa Clemente havia absolvido os Templários de todas as acusações. Isto nos leva a conclusão que os documentos da Inquisição foram adulterados para satisfazer os interesses do Rei Felipe.

A história de Jacques DeMolay se tornou um testemunho de fidelidade e amizade, e nossa Ordem leva seu nome como nosso patrono para emular seu heroico exemplo e seguir as lições deixadas por este mártir.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ritual e Liturgia - Damon e Pítias


Damon e Pítias eram grandes amigos desde a infância. Confiavam um no outro como se fossem irmãos e
ambos sabiam, no fundo do coração que nada havia que não fizessem um pelo outro. Chegou o dia em que
precisaram demostrar a profundidade dessa devoção. Aconteceu assim: 
Dionísio, rei de Siracusa, aborreceu-se ao tomar conhecimento dos discursos que Pítias vinha fazendo. O
jovem pensador andava dizendo ao público, que nenhum homem deveria ter poder ilimitado sobre outro e
que os tiranos absolutos eram reis injustos. Num assomo de cólera, Dionísio mandou chamar Pítias e seu
amigo. 
- Quem você pensa que é, espalhando a inquietação entre as pessoas ? 
- Divulgo apenas a verdade - respondeu Pítias. - Não pode haver nada errado nisso. 
- E sua verdade sustenta que os reis têm poder demais e que suas leis não são boas para os súditos ? 
- Se um rei apossou-se do poder sem a permissão do povo, sim, é o que falo. 
- Isso e traição ! - gritou Dionísio - Você está conspirando para me depor. Retire o que disse ou arque
com as consequências. 
- Não retiro nada - respondeu Pítias. 
- Então você morrerá. Tem algum último desejo ? 
- Sim. Permita-me ir em casa apenas para dizer adeus à minha mulher e meus filhos e deixar em ordem os
assuntos domésticos. 
- Vejo que não somente me considera injusto, mas também estúpido - Dionísio riu, sarcástico. - Se sair de
Siracusa, tenho certeza de que nunca mais o verei. 
- Dou-lhe uma garantia - disse Pítias. 
- Que garantia nesse mundo você me poderia dar para fazer-me crer que algum dia voltará ? - exclamou
Dionísio. 
Nesse momento Damon, que permanecia calado ao lado do amigo, deu um passo à frente. 
- Eu serei a garantia - disse. - Mantenha-me em Siracusa como seu prisioneiro até o retorno de Pítias.
Nossa amizade é bem conhecida. Pode ter certeza, de que Pítias voltará se eu ficar retido aqui. 
Dionísio examinou em silêncio os dois amigos. 
- Muito bem - disse por fim. - Mas se está disposto a tomar o lugar do seu amigo, deve se dispor a aceitar
a mesma sentença, se ele quebrar a promessa. Se Pítias não voltar a Siracusa, você morrerá em lugar dele. 
- Ele cumprirá a palavra - respondeu Damon. - Não tenho a menor dúvida. 
Pítias recebeu permissão para partir e Damon foi atirado na prisão. Muitos dias se passaram e, como Pítias
não voltava, Dionísio se deixou vencer pela curiosidade e foi à prisão ver se Damon já estava arrependido
de ter feito o acordo. 
- Seu tempo está chegando ao fim - o rei de Siracusa escarneceu. - Será inútil implorar misericórdia. Você
foi um tolo ao confiar na promessa do seu amigo. Pensou realmente que ele iria sacrificar a vida por você,
ou por qualquer outra pessoa ? 
- É um mero atraso - Damon rebateu com firmeza. - Os ventos não permitiram que navegasse, ou talvez
tenha encontrado um imprevisto na estrada. Mas se for humanamente possível chegará a tempo. Tenho
tanta certeza da sua virtude como da minha própria existência. 
Dionísio admirou-se da confiança do prisioneiro. 
- Logo veremos - disse ele, deixando Damon sózinho na cela. 
Chegou o dia fatal. Damon foi retirado da prisão e levado à presença do algoz. Dionísio saldou-o com um
sorriso presunçoso. 
- Parece que seu amigo não apareceu - ele riu. - Que acha dele agora ? 
- É meu amigo - Damon respondeu. - Confio nele. 
Nem terminaram de falar e as portas se abriram, deixando entrar Pítias cambaleante. Estava pálido, ferido,
e a exaustão tirava-lhe o fôlego. Atirou-se aos braços do amigo. 
- Você está vivo, graças aos Deuses - soluçou. - Tudo parecia estar contra nós. Meu navio naufragou numa
tempestade, bandidos me atacaram na estrada. Mas recusei-me a perder a esperança e finalmente consegui
chegar a tempo. Estou pronto a cumprir minha sentença de morte. 
Dionísio ouviu com espanto essas palavras. Abriam-se seus olhos e seu coração. Era-lhe impossível resistir
ao poder de tal lealdade. 
- A sentença está revogada - declarou ele. - Jamais acreditei que pudessem existir tamanha fé e lealdade na
amizade. Vocês mostraram como eu estava errado e é justo que os recompense com a liberdade. Em
troca, porém, peço um grande auxílio. 
- Que auxílio ? - perguntaram os amigos. 
- Ensinem-me a ter parte em tão sólida amizade. 

Essa história se passa em Siracusa, cidade-estado da Sicília, no século IV a.C.. O orador romano Cícero
relata que Damon e Pítias (também chamado Fíntias) eram seguidores do filósofo Pitágoras.
(Extraído do Livro das Virtudes)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Introdução à Ordem DeMolay


Emblema da Ordem DeMolay

A Ordem DeMolay é uma organização filantrópica e filosófica sem fins lucrativos, que busca
(através de um espaço de apren­dizado de virtudes e de convívio em irmandade) desenvolver a
liderança e o aperfeiçoamento pessoal dos jovens, para que possa contribuir com a comunidade
onde estiver inserido.

O que é ser DeMolay?
Ser DeMolay é pertencer à maior organização juvenil do mundo.
Ser DeMolay não é ser melhor do que ninguém: é seguramente uma ótima oportunidade de crescer
como ser humano e fazer o bem.
"Para ser útil a sociedade não é necessário ser DeMolay;
mas para ser um DeMolay é imprescindível ser útil a sociedade."

 A Ordem DeMolay não é uma religião. Aqui defendemos a livre manifestação de pensamentos e
posições, incluindo a questão religiosa. Concordamos na crença em um ser superior, independente da
religião que ela professe.
• A Ordem DeMolay é autônoma. O Ca­pítulo não é uma organização maçônica juvenil, muitas de suas
atividades são apoiadas pela maçonaria. As Lojas Maçônicas disponibilizam seu espaço para as reuniões e
também o apoio pessoal de alguns Maçons, garantindo segurança administrativa.
• A Ordem DeMolay busca desenvolver os jovens. A partir do ingresso na organização, o DeMolay
deve respeito às liberdades civil, religiosa, política e intelectual. São apresentados para ele sete princípios,
que são as nossas Sete Virtudes: Amor Filial, Reverencia pelas Coisas Sagradas, Cortesia,
Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo.
 Além destes princípios, buscando o aperfeiçoamento constante, procuramos seguir este Código de
Ética, que deve ser a conduta e a postura de um DeMolay na sociedade:
• Um DeMolay serve a Deus;
• Cuida de seus Irmãos;
• Honra todas as mulheres;
• Ama e honra seus pais;
• É honesto e leal;
• É patriota tanto em tempo de paz quanto de guerra;
• Sua palavra vale tanto quanto sua vida;
• Permanece inabalável em favor das escolas públicas;
• Será um defensor e cumpridor das leis em geral;
• Mantém os mais elevados votos aos quais se comprometeu.

O que fazemos? – Reuniões do Capítulo.
Realizamos reuniões, onde participam todos os membros da Ordem, em uma célula da organização
chamada de Capítulo. Essas reuniões incluem palestras, atividades sociais e práticas ritualísticas.
Discutimos idéias, realizamos debates e planejamos diversos tipos de atividades. A participação nas
reuniões é obrigatória, fato importante que deve ser levado em conta no momento em que decidir fazer
parte da Ordem.

O que fazemos? – Outras atividades exercidas na Ordem DeMolay.
Serviço Comunitário: Um dos alicerces dos ensinamentos de nossa organização é ajudar o próximo, não
pensando apenas em nós mesmos; para isso organizamos atividades que possam gerar algo pelo nosso
semelhante, pela nossa sociedade, através de filantropias e campanhas.
Cargos e Graus: O jovem tem contato na prática de teatros simbólicos, ocupando Cargos, e segue níveis de
experiência e dedicação chamados Graus.
Cada Grau apresenta valores de acordo com o tempo e esforço do membro dentro da Ordem, busca
fortalecer a base moral, a concentração, o interesse pela leitura e o aprimoramento de escrita, retórica,
dialética, e oratória.
Sociais e Esportivas: O DeMolay encontrará um meio onde vários jovens buscam o mesmo objetivo, é um
espaço de amizade e companheirismo. Realizamos churrascos, confraternizações, atividades esportivas,
entre outros, para estreitar os laços de amizade entre os membros.
Eventos: Durante o ano todo ocorrem congressos regionais, congressos estaduais, cursos de capacitação,
etc, que reunem os DeMolay de varias cidades para discussões, competições, palestras e cerimônias
especiais.

Oportunidades de Liderança.
Através de empenho e competência os jovens também têm a grande oportunidade de se tornarem líderes
no Capítulo, servindo como um Oficial Eleito ou Nomeado. Poderão aprender a trabalhar em equipe,
desenvolvendo prática em atividade humana, procedimento gerencial, orçamentário, comunicação e senso
de responsabilidade.

Uniforme.
Um uniforme obrigatório é utilizado pelos DeMolays em todas as reuniões e solenidades, ele é formado por
calça social, sapatos, meias, cinto e gravata pretas e camisa social de mangas compridas branca.

Como se tornar um DeMolay
Requisitos:
• Ser homem entre 12 e 21 anos;
• Crer em um Deus (independente de religião);
• Ter bom caráter e conduta ilibada.
O jovem poderá ser indicado por um amigo membro da Ordem, ou solicitar ingresso em um Capítulo
DeMolay. Após recebida ou solicitada a indicação, o Capítulo realizará uma avaliação com o jovem para
averiguar se ele está preparado para ser um DeMolay, visto que fazer parte da Ordem emana
responsabilidades.