Os Cavaleiros Templários foram uma organização sancionada pela Igreja Católica Romana em 1128 para guardar a estrada entre Jerusalém e Acre, uma importante cidade portuária no Mar Mediterrâneo. Os templários tinham como objetivo defender os peregrinos que iam para a Terra Santa na época das Cruzadas, sacrificando suas próprias vidas para salva-los de saques e emboscadas. Além disso, eles passavam por votos de pobreza, castidade e obediencia, levando uma vida simples e austera.
A Ordem dos Cavaleiros Templários foi se tornando sinonimo de bravura e heroísmo, os nobre e príncipes começaram a enviar seus filhos para se juntar à Ordem. Enquanto enriquecia, através de presentes dos cristãos que defendiam e do sistema bancário que utilizavam, a Ordem perdia seus valores e juramentos iniciais e a aumentava sua influencia política.
Em 1298, Jacques De Molay foi nomeado Grande Mestre dos Cavaleiros Templários, uma posição de poder e prestígio. Como Grão Mestre porém, Jacques De Molay estava em uma posição difícil. As cruzadas não alcançaram seus objetivos. Os Sarracenos derrotaram os Cruzados na batalha e capturaram muitas cidades e lugares vitais. Os cavaleiros templários e os Hospitalários (outra Ordem de Cavaleiros) foram os únicos grupos que restaram para enfrentar os sarracenos.
Os cavaleiros templários decidiram reorganizar e readquirir sua força. Eles viajaram para a ilha de Chipre, esperando pelo público geral para levantar-se em apoio de uma outra Cruzada.
Em vez de apoio público, no entanto, os Cavaleiros atraíram a atenção dos senhores poderosos, que estavam interessadas em obter a sua riqueza e poder. O Papa Clemente V queria a união da Ordem dos Templários com os Hospitalários, para que o controle de ambas ficasse em suas mãos, porém Jacques DeMolay rejeita a proposta.
Em 1305, Felipe o Belo, Rei da França, desejando obter controle sobre os Cavaleiros Templários, evitar um aumento do poder da Igreja, e aumentar sua própria riqueza tenta entrar na Ordem e também é rejeitado.
Squin de Florian, um templário insatisfeito por não conseguir ser grão mestre, prepara falsas provas acusando DeMolay de heresia, aliando-se com Filipe e dando informações dos locais em que os templários estariam para que pudessem ser presos e de onde se encontravam as riquezas da ordem.
Eis que no ano de 1307 inicia a perseguição aos Cavaleiros. Jacques DeMolay, juntamente com centenas de outros, foram presos e jogados em calabouços. Por sete anos, DeMolay e os Cavaleiros sofreram torturas e condições desumanas. Felipe conseguiu forças para fazer o Papa Clemente condenar os Templários. A sua riqueza e os bens foram confiscados e dada a Felipe e seus apoiantes.
Durante anos de tortura, Jacques DeMolay continuou a ser fiel aos seus amigos e Cavaleiros. Ele se recusou a revelar a localização das riquezas da Ordem e a trair seus companheiros. Em 18 de março de 1314, DeMolay foi julgado por um tribunal especial. Como prova, o tribunal dependia de uma confissão forjada, alegadamente assinado por De Molay.
Jacques De Molay desmentiu a confissão forjada. Sob as leis do tempo, a negação de uma confissão era punível com a morte. Outro Cavaleiro, Guy de Auvergne, igualmente desmentiu sua confissão e ficou com Jacques DeMolay. Rei Felipe ordenou que fossem queimados na fogueira naquele dia.
Em 2009, o Vaticano liberou um documento secular, o Pergaminho de Chinon, que prova que o papa Clemente havia absolvido os Templários de todas as acusações. Isto nos leva a conclusão que os documentos da Inquisição foram adulterados para satisfazer os interesses do Rei Felipe.
A história de Jacques DeMolay se tornou um testemunho de fidelidade e amizade, e nossa Ordem leva seu nome como nosso patrono para emular seu heroico exemplo e seguir as lições deixadas por este mártir.